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domingo, 29 de novembro de 2009

Inclusão Social: o bem da tecnologia

Por Beatriz Lacerda

O uso do termo inclusão digital pode ser naturalmente traduzido pela idéia de inclusão social. É nesse sentido que a tecnologia se apropria do termo, fazendo referência às possibilidades de desenvolvimento proporcionadas pelas ferramentas digitais. E entre todas as vantagens, a inclusão social é, sem dúvida, o maior benefício da tecnologia.

Na era da globalização, uma parcela significativa da população brasileira vive às margens das facilidades e benefícios gerados pela tecnologia: 54,3 % dos brasileiros nunca fizeram uso de um computador e 66,6% jamais acessaram a internet, de acordo com dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Diante das estatísticas, o acesso à tecnologia da informação significaria, para muitos, o livre exercício da cidadania.

Para dar vazão ao direito garantido pela Constituição Federal, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) criou, em 2005, um programa voltado à inclusão digital. Na tentativa proporcionar a inclusão social a um número expressivo de cidadãos brasileiros, o programa foi dividido em três frentes de ação que objetivam facilitar o acesso às tecnologias de comunicação: Computador para Todos, Casa Brasil e Telecentros Comunitários.
O Computador para Todos garante preços acessíveis às máquinas compradas em distribuidoras autorizadas, com marca, garantia e financiamento, ampliando o mercado da indústria nacional e, conseqüentemente, o número de empregos formais, da arrecadação de impostos e de usuários.

Para aqueles que não podem investir em ferramentas tecnológicas, mesmo com facilidades de financiamento através de medidas de incentivo fiscal do governo federal, o Projeto Casa Brasil, promove a inclusão digital e social por meio do acesso público e gratuito às tecnologias de informação e comunicação. As unidades do Casa Brasil funcionam como centros de alfabetização tecnológica, de cidadania, de divulgação da ciência, da cultura e das artes.
Foram implantados mais de 1000 Telecentros em escolas públicas e particulares do país,onde são oferecidas capacitações e treinamentos, tanto para o primeiro emprego como para o aperfeiçoamento profissional.

O interior de Pernambuco recebeu, desde 2006, o projeto de inclusão digital Quiosque Cidadão, do Ministério da Integração Nacional. Os municípios de Floresta e Terra Nova ganharam salas de computadores com acesso à internet, permitindo que os usuários do Semi-Árido nordestino tenham acesso ao mundo digital, sendo assessorados por técnicos do ministério.Atualmente o projeto beneficia 140 mil usuários, com custo estimado de R$ 0,36, por cidadão.

Mas é preciso estar ciente de que estes representam ainda passos tímidos no que se refere à prática da inclusão social. A ausência de infra-estrutura, como instalações elétricas adequadas mas regiões menos abastadas, são os maiores obstáculos, não apenas em Pernambuco, como no Brasil. Além disso, é preciso reconhecer que os pilares da inclusão digital devem existir para que ela de fato ocorra. Pois de nada adiantará o acesso à ferramenta da tecnologia se não houver educação para este instrumento transformador, em potencial.

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